sexta-feira, 13 de novembro de 2009

saudosos roqueiros

e vai se achando. distante do amor que sonhava.
terminou com ela e não deu desculpas. e nem as pediu. disse que todos tinham as suas e que no fim não adiantavam em nada. falou de um jeito que parecia orgulho, mas não deixava de ter razão. estava disposto a não disperdiçar sua mocidade.
no lugar do coração, sua virtude. que ganhava propoções maiores. manteve-se focado nela. única, a quem ele frequentemente recorria. foi o que me disse da última vez que nos vimos.
pensei que não sabia mais como ter o convívio com ela. mas a verdade é que não estava disposto a dividir-se com mais ninguém. seguiu tendo um caso aqui, outro ali. contudo passando-se os anos, continuava sozinho.
há alguns dias me encontrei com ele. os anos se passavam e continuava com boa aparência. fomos há um bar conhecido. onde nas maioria das vezes iniciavam nossas farras. o lugar falava por si só. quantas histórias em cada uma das mesas.
ele estava meio estranho. mas falou normalmente de seus projetos, da idade e de uma mulher, a mais recente que havia conhecido numa viajem que havia feito pra fora do país. ficou apaixonado por ela. por um momento pareceu até que seria feliz com ela. mas não. ele matinha-se fiel a sua virtude. no fim me disse que estava feliz do jeito que estava. disse a ele sobre o meu casamento e o que acontecia em um. me disse que se um dia eu tivesse um filho, que nunca abandonasse o meu casamento. e disse também que as escapadas são necessárias para mantê-lo. têm 40 anos e está ai na vida, pensei. mas logo percebi que não. uma amiga em comum que não via a anos passou para pegálo. nos despedimos e sabe do quê mais!? senti saudade da época em que éramos do rock. foi pura impressão achar que ele não estava bem.

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