quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ir, vir

andar, correr e voar
ver de cima de baixo e dos lados
voltar para ver diferente
ir é natural
voltar é coisa do homem
voltar e mudar e ir de novo

domingo, 21 de agosto de 2011

na sua rede

você parece próxima. vejo teus cabelos soltos no ar. você balançando com um sorriso que não coincide com o tempo. você está feliz.
essas fotografias me lembram de como era bom estar ao seu lado, embora eu nunca estivesse lá.

domingo, 26 de junho de 2011

menina

das certezas dessa vida só, eu poderia escolher. mas tô sem vontade.
teu ar cheio de amor uma busca do que não sabe, são teu charme. na verdade tô assim sem vontade.
voltas no olhar não me preocupam. ressacas vai lá, volta!
mas pode ser que dessa vez e saberia te levar, não fosse esse olhar.
menina, podia deixa de lado. tô cansado! mas de alegria não vão me matar.
não nego que te espero, que olho toda hora na janela. fazer da vida?! mas ainda assim, poderia te esperar por aqui. enquanto a vontade não vem, vou andando me cansando.

domingo, 13 de março de 2011

sei lá


está evoluindo muito rápido e não sabemos nos fixar direito. boiamos e somos levados, ancoramos e desaprendemos a nadar. ficamos perdidos entre à deriva e o porto seguro. cansativo embate. não se cessam os anseios, como eles se multiplicam? respostas que só a própria vida nos dará. de tudo se enjôa, de novidade se cansa, mas no fim a gente se adapta. amigos, o denominador da vida é ser marinheiro. disso eu não tenho dúvida. e pra todos os outros momentos dediquemos a vida.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

do cara que lhe faltavam palavras



ela chega e desfaz seu mundo, e ele não sabe ao certo, fica mudo e sem palavras. acorda de madruga e tem a resposta para o sonho, e pra ela que quase nunca pôde presenciar.
sua condição era repetir o sonho atrás dela, que era por mil vezes real. tentou com muitas e todas lhe davam perguntas erradas a resposta que já tinha, e que não funcionava. até o dia em que ela apareceu e fez de sua resposta uma nova pegunta. é ela?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

carrego no bolso

o acaso poderia por a mão no bolso certo da jaqueta. me dar a chance de encontrar aquela nota que não sei onde coloquei.
quando isso aconteceu? não dá para saber. é obvio que não queria ter perdido. aconteceu simplesmente quando não havia a razão da falta. entende? parece que não esqueci.
hoje sinto que a nota não está perdida. mas não a encontro. quem sabe?

terça-feira, 13 de julho de 2010

mistura

a essência é o todo, os sabores se mesclam quase indistinguívelmente um do outro. mas quase. afinal conhecemos o gosto de cada.
uma pitada de vida, um punhado de amor, um litro de razão. o tempero fica a cargo da poesia.