quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

alicerce

de deixar aqui pra
canetas, papeis e lágrimas
a beira da maré qual o vento irá
eis que tem nossa banda pra cantar
em nome do amor
pra ter que te amar
enquanto empilho a vida
alicerce para meus próprios sonhos
esperando pra eu voltar

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

glória em dias de

tudo se paga e conheço apenas um lugar onde fazê-lo
não adianta esperniar, nada adianta
o que adianta sendo do jeito que se é
não tentar desrespeitar esse eu ja é um começo
aceitar a condição é ir a caminho do que é certo
o ópio pode estar em pequenas golpes de martelo
e até em imerso em ilusões futuras
prudência no entanto é burlar o tempo

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

refilmando (antigo)













assisti esses dias o filme do michael gondry, rebobine-me, por favor
-hilário! pra mim, teve toda graça...
ainda mais vê-lo brincar de cinema. O cara tem pra quem não sabe, tem talento e culhão cinematográfico, e as manhas de colocar o que ele quiser na tela, e não por menos, coisa boa... um filme bom! subverte, propõe e etcs... não vou escrever aqui uma crítica, tem um pessoal especializado que ganha para isso...
para mim o filme é bom. tem mil segredos cinematográficos e fica em dívida quem não assistir!

o caso é falar de rebobinar, magnetismo, suecado (sweeded) tudo isso tem sentido na vida, perceberam?





sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Retrato

ta ali como a pessoa é
qualquer imagem de nenhum segundo
e qualquer album de família
mas acelera um pouco mais
pra você ver

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

¡exactamente!

vamos lá
futuro não nos pertence
esperamos que seja bom, afinal
sabe a loteria, é dificil!
não é conselho! mas acho que
cada hum deve ter as coisas bem definidas
é bom confiar em si
para alguns o risco terá sido bom!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

onde a vida é de sonhar

- ...por isso.

-como assim? já faz muito tempo!

-talvez você não dê muita importância ao ciclos da vida.

-eu não dou importância? eu estava dando a maior importância. você que não notou. mas agora já passou e não existe mais essa possibilidade.

-eu falei que viria!

-quanto pretensão essa sua pensar que vida é simple assim neh!?

-não disse que era simples. quem dera tivesse sido. mas não estavamos preparados. talvez nossas próprias escolhas falem por si só.

-olha só, é melhor você ir embora.

-...

-que foi?

-continua bonita, brava.

-eu não estou brava.

-bom, antes vou dizer uma coisa;

-hum...?

-não estamos isentos das coisas que podem acontecer em vida. ninguém pode zelar por nós a não ser nós mesmos. Demora muito para algumas pessoas perceberem isso. Eu nunca quis cuidar de ninguém, e mesmo cuidar de mim já era dificil. Quando percebo que o caminho que escolhi é perigoso vou até onde dá, e geralmente saio sangrando. taí a graça da vida neh...

-...

-mas enfim. no nosso caso, vivemos o ápice do perigo e sabiamos bem disso. chegávamos a nos pegar rindo pelos cantos. E por final podiamos ser como aqueles casos da tv, sabe? repare por esse lado.

-é so isso?

-sim, o resto nós ja sabemos.

-foi bom te ver.

-se mudar de idéia.

-tchau!

-até mais.

-ai ai!





terça-feira, 13 de janeiro de 2009

possibilidades em regra de 3


1 - geralmente seguem-se em um compasso até seu ponto de virada
2 - de outra direção vem em outro ritmo, e segue de forma dissonante
1 - muda após uma nota forte e esboça tensão após a virada
2 - parece ter chego há novas e confusas melodias
1 - apresenta o refrão e chega a outro ponto de virada
2 - junta as complexas e dissonantes harmonias, com maestria
1 - mudou o tom com a segunda virada, com tensão para o final
2 - composição responde quase orgânica pelos caminhos
1 - mas uma vez o refrão e por fim desfecha-se
2 - tem um pico de conversão consoante, entona novamente notas dissonantes desfecha-se

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"boas" vindas.

- sou eu!

daqui por diante narrarei por aqui algumas das minhas percepções e concepções; através de notas, lembraças, versos, poréns e o que mais achar apropriado fazer, e sobre o que quiser. portanto a estrutura é livre e aberta, com indas-vindas-passado-presente-futuro.

e para não passar em branco, vou deixar postado - vou me acostumar rápido a isso - uma frase de um certo filósofo que vira e mexe me deparo, e que não tem nada haver com boas-vindas.


"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"
(F.N.)