quarta-feira, 10 de junho de 2009

giz

antes que o tempo lhe trouxesse para este outro lugar
o telefone sem se esforçar o lembrou logo
ficou sem graça
parecia ser à homenagem, sua certificação
estufou sua estima, fez-se
tentou mas nem se lembrava como era
se eganou, provou das incertezas e de todos os goles
são escritos de giz os laços do imaginário
e lavados não sobram traços
caiu, levantou, se achou e tomou esse fato por conta
como sempre, pensou ter provado o imediato, mas não o era
chamou algumas vezes e não imaginas o que sentia
sensações bem distintas, sabe-se lá quantos quereres
voltas e mais voltas em torno de si, provas e nada de absoluto
o absoluto batendo de frente
se apagam mesmo não querendo
engendram-se novos escritos
e se apagam
cansou de olhar, desceu o morro e se molhou
nas mãos não sobraram giz pra escrever

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